
"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma  mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas  para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a  seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é  ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia,  completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia.  Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se  banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o  homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor,  ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar  uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu  útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax  não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela."
Anaïs Nin


 
 
 
 
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