
Combinaram todos os detalhes. Ela vestiria em tons de preto: sapato de tacão alto, meia liga, saia  curta e apenas um blazer ocultando um corpete de renda bastante  decotado. Ele costumava dizer que adorava cumprimentá-la com um beijo e  sentir-lhe logo a pele por baixo da saia e ela não o quis desapontar. Contudo,  a memória apagou-se-lhe no momento em que entrou naquele quarto. Da mala retirou uma venda e dois lenços de cetim preto. O plano  era ele ser o alvo de toda a sua atenção. Despertar-lhe os sentidos  ocultando-lhe a visão. Mas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro e ele  surpreendeu-a. "Não, hoje quero-te dar todo o prazer a ti."  Apoderou-se dos lenços e, após ter-lhe tirado a roupa, deitou-a na  cama, prendendo-lhe os pulsos à cama, num movimento suave e cuidado,  certificando-se que estava seguro o suficiente para não a magoar. De um  lado passou para o outro, beijando-a quando se aproximou da sua  boca. "Pronta para provares do teu veneno?" Ela assentiu, esboçando um sorriso tímido. Vendou-a.  Fez-se noite nos seus olhos arregalados e instintivamente receou o que aí vinha.  Conseguia antecipar um sofrimento, um sofrimento delicioso mas doloroso ao  mesmo tempo.
Com os seus lábios carnudos, percorreu-lhe o corpo  de lés a lés. Começou no pescoço, passando pelos  seios onde não  conseguiu evitar dar uma leve trinca e molhar de saliva o mamilo.  Continuou, em direcção à barriga, arrepiando-a por o saber tão  perto do seu centro nevrálgico de prazer. Mas, quando pensava que era aí que ele se ia  demorar, depressa se apercebeu que não. Chegou-se perto da boca,  beijou-a ao de leve trincando o lábio inferior e afastou-se  deixando-a pendurada, expectante. Segundos mais tarde, sentiu-o aproximar-se e imaginou que outro beijo se seguisse. Entreabriu  os lábios, esperando a sua língua mas não foi o que encontrou. Sem medo,  lambeu o que lhe era dado a provar e desde logo descobriu ser o seu membro pulsante que se encostava e afastava dos seus lábios e da sua  língua deixando-a desesperada e ávida de o sentir todo. Não o  fez e afastou-se novamente. Aproximou-se-lhe do ouvido sussurando um "estás a gostar?", trincando o lóbulo da  orelha e chupando-o. Depois, pegou-lhe na mão e encaminhou-a para o que  veio descobrir ser o seu membro. Fê-la tocá-lo por alguns instantes  enquanto a sentia também, pressionando-lhe suavemente o clitóris. Voltou a  parar. Debruçou-se sobre ela, lambeu-lhe os mamilos alternadamente,  apertou-os com força, fazendo com que se contorcesse de dor e prazer  simultâneo. Por aquela altura, já estava desesperada. Queria senti-lo e atingir um orgasmo rapidamente. Mas tal não lhe foi permitido.  Em vez disso, ele dedicou-se a  dar-lhe prazer com a língua ao mesmo tempo que a estimulava com um dedo. O  facto de não conseguir ver nem saber onde ele ia lamber, com que  intensidade ou o momento em que ia introduzir o dedo, deixou-a  completamente alterada e cada vez mais louca de tesão. Atingiu um e outro  orgasmo de forma concomitante em explosões de prazer absolutamente  surreais. Na sua cabeça passavam imagens, as imagens que imaginava  serem as que se estavam a passar mas sem nunca saber verdadeiramente até  as sentir na pele. Ele, roçou-se nela,  mostrando-lhe quão grande já estava, quão pronto se encontrava para ela.  Resistiu estoicamente, proporcionando-lhe uma espiral de prazer. Até que, após ter voltado a dar-se a  provar na boca, não aguentou mais. Deixou-lhe a venda mas libertando-lhe os  pulsos, ordenou-lhe que se colocasse de quatro e entrou nela.  Revoltado, possuído, desesperado. Bombeou-a como nunca, agarrando-a  pelo cabelo, puxando com força e curvando-lhe a coluna encostando-a a  si. Ela pulsava de prazer ao mesmo tempo que colocava um  dedo no clitóris e massajava rapidamente. O seu membro húmido do seu líquido entrava e saía sem dificuldade. Gemeu alto e deu-lhe a entender que já  podia deixar de se conter. Nesse momento, ele quis mostrar-lhe o que  tinha causado nele. Retirou-lhe apressadamente a venda e saboreou o seu prazer. Sorriu, lambendo os  cantos da boca, provando da sua essência. Guarda até hoje os momentos de prazer sôfrego que lhe foram  proporcionados. Um prolongar do prazer e do gozo, um adiamento  absolutamente delicioso.


 
 
 
 
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